26 outubro 2009

Falando Banto


Eneida D. Gaspar escreveu e Victor Tavares ilustrou. Ed. Pallas
O texto verbal é formado por palavras de origem africana que fazem parte do vocabulário brasileiro. São tantas palavras... Umas mais faladas em determinadas regiões do país do que outras, mas muitas, muitas muito conhecidas. São palavras que falamos na escola, na rua, na vida. E quanta vida encontramos nas palavras!
A cada página virada, um poema com um diferente tema.
As ilustrações retratam o movimento da língua, muito presente neste texto, como também movimento que é  tão característico nas culturas africanas.


Fonte imagem: http://www.pallaseditora.com.br/

25 outubro 2009

As panquecas de Mama Panya


Escrito por Mary e Rich Chamberlin e ilustrado por Julia Cairna - Editora SM.
A história que se passa no Quênia fala sobre colaboração, solidariedade e amizade.
Ao sair com a mãe para comprar ingredientes para fazer panquecas (vikaimati), o menino convida amigos vai encontrando pelo caminho. A mãe fica preocupada, pois não tem como fazer panquecas suficientes para todos, já que possui apenas algumas moedas. Mas, para surpresa dela, é a ideia de colaboração que prevalece e possibilita um almoço mais do que suficiente para todos.
O livro traz um mapa situando o Quênia e mostra algumas de suas principais características. Mostra também como é um dia-a-dia no Quênia, alguns animais e plantas e umas palavras em kiswahili, uma das línguas locais. Ao final, uma receita de panqueca.
O livro é, portanto, rico em diferentes aspectos. Além da narrativa que costuma encantar e envolver crianças e adultos, seus complemnetos nos permitem ao leitor, situar-se um pouco mais.
fonte imagem: http://www.edicoessm.com.br/ver_noticia.aspx?id=7923

24 outubro 2009

Ana e Ana


Célia Godoy escreveu e Fê ilustrou a história de duas iramãs gêmeas. O livro aborda sobre a igualdade e a diferença entre as duas e destaca o quanto para as pessoas que as rodeiam elas são  como uma unidade. A autora procura mostrar a singularidade de cada uma da infância à vida adulta.
As meninas são cuidadas pela avó, pois a mãe trabalha fora, o que nos sugere um tipo de formação de família muito comum nos dias de hoje.
Através do texto não verbal é possível perceber que as meninas têm amigos com diferentes características físicas e que a vida delas pode ser considerada confortável.
As irmãs brincam, estudam, crescem e se tornam profissionais das áreas que sempre gostaram.

Obs.: Entre os iorubás, a mãe que tem gêmeos é considerada uma privilegiada pelas divindades. O nascimento de gêmeos é comemorado positivamente. É um grande acontecimento.

Nas religiões de matrizes africanas, conta-se que os primeiros gêmeos foram os Ibejis, filhos de Oxum e Xangô e que deveria ser um sinal, um motivo de culto e veneração. Os gêmeos foram tratatados como deuses infantis.
Ed. DCL

18 outubro 2009

O baú das histórias


Texto (reconto) e ilustração: Gail E. Haley - Ed. Global

As histórias alimentam nossas almas, nossos sonhos...
De onde vieram tantas histórias que ouvimos, lemos, contamos e recontamos e reinventamos?
Um dos contos do continente africano que procura explicar a origem das histórias é o Baú das Histórias.

Esta é mais uma das histórias de Ananse (Anancy ou Tia Nancy) que procuram contar como é que homens ou animais frágeis ou pequenos, por meio da inteligência, superam as dificuldades e vencem grandes obstáculos.

Nesta história, Anase é um homem-aranha que tece uma teia, sobe aos céus e, de volta à Terra, vence os três desafios que lhe são impostos para conseguir o Baú das Histórias que até então pertencia a Nyame, o Deus do céu.

Apesar de toda a sua fragilidade, Ananse se torna um vitorioso e ao abrir o baú na sua aldeia, as histórias se espalham pelo mundo.

As ilustrações em xilogravura trazem o colorido tão característico em culturas africanas.

Iramãos Zulus

O livro inicia com um provérbio Zulu: " A terra, como a chuva, não pertence a ninguém. Deve ser dividida por todos." Penso que assim também são as histórias. Devem ser divididas, compartilhadas...

O livro de autoria de Rogério Andrade Barbosa e ilustrado por Ciça Fittipadi traz a história de três irmãos. Os dois mais velhos saem de casa em busca de fortuna. O mais novo respeita os seres da natureza considerando, por exemplo, a vida de uma formiga tão valiosa quanto a de um ser humano. E é através deste respeito que coloca em prática, que surgem as possibilidades e ajudas necessárias para realizar três tarefas desafiadoras e salvar os irmãos de uma situação complicada.

As ilustrações trazem o colorido africano e a arte dos adordos do povo Zulu.
Ed. Lorousse Junior