29 novembro 2011

O mapa

O mapa: máscaras africanas
Texto e Ilustrações de Marilda Castanha Ed. Dimensão
 
A história começa em uma aula de Artes na qual a personagem, ao ver o contorno de seu corpo feito por um colega, vai imaginando-o como um novo continente e, de início, guarda segredo temendo a possibilidade de exploração e colonização.

Cada parte do corpo que vai sendo acrescentada é relacionada a uma característica da geografia física do continente.

Ao descobrir nos livros a existência de um continente como o seu, até então imaginário, a personagem o identifica como continente africano.

A descoberta do continente, até então individual, passa a ser coletiva a partir da confecção de máscaras para uma festa onde as máscaras compradas prontas são trocadas por máscaras produzidas pelos alunos.

As ilustrações e o texto impresso nos trazem um pouco da rica diversidade do continente africano.

O livro oferece várias possibilidades de ampliação em diferentes áreas do conhecimento: história, geografia, artes.

No final há um pequeno texto sobre as máscaras africanas que têm usos bem diferentes das que são usadas no ocidente.

23 novembro 2011

Histórias de Ananse

Texto: Adwoa Badoe  -  Ilustrações de Baba Wagué Diakité
Edições: SM

O livro traz dez contos da tradição oral de Gana que têm como personagem principal Ananse.

Ananse é uma aranha, com atitudes humanas, que faz uso da astúcia e da esperteza para buscar formas de resolver as situações embaraçosas em que se envolve.

As histórias falam de sentimentos como inveja e aceitação de limitações próprias  e também sobre ações como obediência aos mais velhos e o uso da verdade.

Ao final do livro encontramos informações históricas sobre Ananse e sobre a importância da história oral e também sobre a vida na aldeia em Gana (família, casamento, deuses, comida, etc...)

30 outubro 2011

Nem um grão de poeira

Escrito por: Rogério Andrade Barbosa e Ilustrado por Rubem Filho
Reconto Etíope.
A narrativa se passa na antiga Abissínia, atual República da Etiópia e traz um fato histórico muito comum durante décadas e décadas, principalmente, no continente africano: “visitas de europeus que buscavam conhecer os lugares para posterior exploração e domínio.
A história é impregnada do sentimento de orgulho e de valorização das riquezas e diversidades naturais e culturais que são descritas e ilustradas  no livro, além de mostrar a resistência contra a invasão e colonização europeia.

31 agosto 2011

Plantando as árvores do Quênia

                                              Escrito e ilustrado por Claire A. Nivola - Ed. SM


O livro conta a história de Wangari Maathai, primeira mulher  africana a receber o Prêmio Nobel da Paz.
É uma história que fala de valores, meio ambiente, luta, união, participação e ações transformadoras.
Como uma população pode deixar de contribuir, direta ou indiretamente, com a destruição do meio ambiente passando a agir de forma a promover mudanças a curto, médio e longo prazo? Que sementes uma pessoa é capaz de plantar não só no solo, mas também na cabeça das pessoas de modo a fazê-las se sentirem não só como parte do problema, mas também como parte da solução dos mesmos?
Impossível não falar também sobre as ilustrações. Cada página pode ser considerada uma obra de arte.
Não canso de apreciar os detalhes e a delicadeza dos traços.

31 julho 2011

Três contos africanos de adivinhação

Texto: Rogério Andrade Barbosa  - Ilustrações: Maurício Veneza  - Ed. Paulinas
No livro encontramos recontos de três pequenos contos nigerianos.
O leitor é levado a pensar sobre os acontecimentos das narrativas e as soluções encontradas para resolver as situações que foram descritas.
São dois contos que nos falam sobre como foi possível descobrir os responsáveis pelo sumiço de bens materiais. Um deles, o anel da filha do rei e o outro, três moedas de ouro de um mercador.
O outro conto é bastante conhecido, mas em outras versões. Fala sobre encontar solução para atravessar um rio em uma canoa pequena onde não é possível levar ao mesmo tempo dois animais e um saco de alimento. Como resolver sem correr risco de perder nenhuma das cargas e também respeitar tradições do povo?
Ouvir as soluções dadas pelos alunos e procurar saber como culpados pelos sumiços dos bens foram descobertos podem render "muitos frutos".

26 junho 2011

Mil e uma estrelas

Autora: Marilda Castanha - Ed. SM

A autora, que também é a ilustradora, conta a história de uma menina que todas as noites contava estrela e sonhava com histórias, mas um dia não encontra as estrelas e vai atrás de quem as escondeu.
É uma história fala sobre coragem e medo dentro de cada um, independente das aparências. E ainda sobre o poder que as histórias têm de nos fazer sonhar e nos transportar para outros tantos lugares.
O título e a narrativa não deixam de ser uma alusão a Xerazade e suas mil e uma noites.
É para ser lido e relido. O texto é curto, mas muito significativo.

29 maio 2011

Histórias da África

Texto: Gcina Mhlophe - Ilustrações: Grupode ilustradores de KwaZulu-Natal - Editora Paulinas

O livro traz dez histórias da tradição oral africana. São histórias de gente e de bicho que falam sobre ética, solidariedade, amor entre outros temas. Conta também histórias que procuram explicar a origem das histórias e das relações entre alguns animais.
Seus contos podem ser contados e recontados, lidos e relidos. Como os temas são bem variados podem contribuir ampliar ou iniciar muitas conversas.

17 abril 2011

Tanto, Tanto!

Escrito por Trish Cooke e ilustradso por Helen Oxenbury - Ed. Ática
Uma história cumulativa na qual os membros de uma família vão chegando aos poucos para uma comemoração de aniversário.
Como personagem principal há um bebê que recebe o carinho dos familiares que vão chegando, pois todos gostam dele "tanto, tanto!"
A cada "toque" de campainha há uma expectativa das crianças que ouvem a história tentando adivinhar quem vai chegar.
É uma história que costuma agradar muito as crianças da Educação Infantil. Eles não só gostam de ouvir quanto adoram pegar o livro para recontar a história.
As ilustrações também atraem muito. São grandes e com muito colorido.

08 março 2011

O coelho e a onça : histórias brasileiras de origem africana

Adaptação: Eduardo Longevo - Ilustrações: Denise Nascimento  -  Editora: Paulinas
Como em muitas histórias do folclore africano, encontramos aqui a disputa entre a força física de um e a astúcia e inteligência do outro, considerado mais frágil. Além da disputa entre onça e coelho encontramos também o jabuti contra coelho e macaco jovem contra onça ratificando a ideia da vitória da inteligência sobre a força física.
O livro é dividido em três histórias que formam uma. Inicia narrando o motivo da discórdia entre a onça e o coelho passando pelas tentativas frustradas de conciliações e finaliza com uma moral.  Durante a leitura é possível perceber elementos e acontecimentos que aparecem em outras fábulas e até com outras personagens, o que é bastante característico de histórias orais que há séculos são contadas e recontadas. É do tipo de história que costuma agradar a crianças e adultos.
Destaco também as belas ilustrações do livro.

13 fevereiro 2011

Os ibejis e o Carnaval

Escrito por Helena Theodoro - Ilustrado por Luciana Justiniani Hees  -  Ed. Pallas
O livro conta a história de um casal de irmãos gêmeos e uma avó que que dialoga com eles. Em meio a uma discussão entre as crianças a avó entra como mediadora e surgem algumas explicações sobre o Carnaval.
A conversa das crianças é quase um "Carnaval". Falam de tradição oral, de um livro de Lygia Bojunga e principalmente sobre o Carnaval, como festa popular.
Depois de tanta discussão entre as crianças, a ideia de dançar juntos por uma escola de samba acaba com a briga.
Ao final do livro encontramos um glossário explicando sobre festas, instrumentos e personalidades que aparecem no texto de forma explícita ou implícita.
Fica mais uma dica para quem gosta de leituras temáticas. Lembro ainda do livro: Tequinho, o menino do samba, já postado neste blog.
Boas leituras!