18 abril 2010

Valentina

Escrito por Márcio Vassallo e Ilustrado por Suppa - Global Editora
Valentina é filha de um rei e de uma rainha, portanto, uma princesa.
Um princesa que é negra, usa óculos e tem orelhas de abano. Tudo dito e ou ilustrado de forma positiva. 
Ela vive em um castelo que é uma casa em um morro. O rei e a rainha são pessoas que descem para o asfalto, diariamente, para trabalhar e tentam proteger a filha das coisas não boas do mundo. Os pais de Valentina desejam o que muitos pais desejam aos seus filhos e que, como Valentina, não entendem o significado de: "ser alguém na vida".
O autor descreve Valentina e o "seu mundo" de forma muito poética e o asfalto de forma mais crítica.
Valentina é amada e bem cuidada pelos pais e tem uma autoestima elevada, portanto vai na contramão do que predomina no imaginário coletivo sobre as relações pais e filhos das pessoas que moram nos morros e favelas.
Quantas "Valentinas" encontramos em nossas salas de aula? Na minha caminhada já tive a felicidade de ver muitas.
Li que Valentina significa: forte, vigorosa, capaz de passar por cima de qualquer obstáculo quando quer realizar algo. Esta personagem não poderia ter outro nome.
O livro é muito rico em detalhes que só quem tem um olhar e uma escuta sensível poderia ser capaz de traduzir em palavras e imagens.
Toda vez que leio este livro fico querendo ler mais sobre a Valentina. Quem sabe um dia o autor não nos presenteia com a continuação de Valentina?

Se quiser ouvir um trecho da história, acesse o site do autor:
http://www.marciovassallo.com.br/
ou acesse o link sobre o livro Valentina:
http://www.marciovassallo.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=51&Itemid=59

10 abril 2010

Morrendo de rir

Escrito por Luciana Savaget e ilustrado por Maurício Veneza - Ed. Nova Fronteira
A história do livro é baseada no que ocorreu na Tanzânia, em 1962, quando uma "epidemia" de risos tomou conta do lugar. Imagine um colégio onde alunas começam a rir sem parar e em pouco tempo o "surto" de riso se espalha pela cidade. Médicos, cientistas e outros profissionais não conseguem explicar o ocorrido.
Quantas vezes já não vimos alunos rirem sem conseguir parar contagiando outros? Muitas vezes, nem eles sabem o motivo.
A autora faz alusão ao fato histórico e cria situações que poderiam ter ocorrido ou não, e aproveita também para adicionar personagens reais e atuais como Osama Bin Laden e Ronaldinho.
Até o Brasil, com a alegria mundialmente relacionada ao seu povo foi parar nesta história contada neste livro.
Em dias de tantas notícias tristes, como o que estamos vendo e vivendo no Rio de Janeiro, Niterói e outras cidades do estado do RJ, entre outros acontecimentos pelo mundo afora, ouvir uma história de riso, pode ser muito valioso e quem sabe um pouco contagioso para aliviar as tensões.

Se quiser saber um pouco mais sobre o fato, veja  o artigo no site da Revista SuperInteressante:
http://super.abril.com.br/ciencia/rir-melhor-remedio-442631.shtml

07 abril 2010

O menino Nito: então, homem chora ou não?

Escrito por Sonia Rosa e ilustrado por Victor Tavares - Ed. Pallas
Então, homem chora ou não? Esta pergunta que faz parte do título do livro ainda é uma questão que se discute em nossa sociedade. Por que o homem não teria direito de chorar?
Nito é um menino bonito. Tem uma característica considerada um problemão: chora muito. O pai lhe diz que não deve chorar porque é macho. O menino entende e passa a seguir o que o pai diz, mas  novos problemas começam a surgir como consequencias dos choros não chorados.
A autora trata o assunto com um certo humor e muita sensibilidade.
As crianças costumam gostar muito desta história e os meninos ficam muito atentos. Conversar com as crianças, antes ou depois desta leitura, nos ajuda a ver muitos dos preconceitos que eles já assimilaram sobre o tema. Para muitos, esta história pode ajudar a repensar sobre as frases que ouviram de adultos machistas e que reproduzem.
Esta história também pode ser encontrada na série "Livros Animados" do Canal Futura e que se encontra no DVDescola enviado pelo MEC a várias escolas públicas.
É interessante ler o livro e depois assistir pela TV.